Ética Profissional

25.5.06

E o comércio? É profissão? Tem um código de ética?

Por não haver uma formação específica para a área, muitos acreditam que a (cada vez maior) parcela da população que trabalha no comércio não é constituída de reais profissionais e que, portanto, não deve zelar por um Código de Ética.

Cada um pode ter sua visão, mas a realidade é que a representação comercial no Brasil tornou-se uma profissão regulamentada a partir de 9 de dezembro de 1.965, com a publicação da Lei 4886/65, que regulamentou a atividade dos autônomos e empresas de representação em nosso país. Juntamente com a Lei foi criado o Conselho Federal dos Representantes Comerciais - CONFERE. Tal mudança foi importante para proporcionar equilíbrio nas relações entre representadas e representantes.

Foi criado então, um Código de Ética e Disciplina para que todos os setores sejam respeitados nessa, que é uma das profissões que mais cresce no mundo.

O comércio pode ser visto tanto do nível daquela loja de esquina quanto do nível internacional. Para esse também busca-se um padrão. O livre comércio entre as nações deve estar em conformidade com as exigências da justiça social e deve permitir o desenvolvimento humano de cada um e de todos os cidadãos.

Segundo alguns autores, "liberdade econômica é apenas um elemento da liberdade do homem, e a economia é somente uma dimensão de toda a atividade humana no seu conjunto".

E frases como "O cliente sempre tem razão!", "Balconista deve ser bem educado e estar sempre sorridente" e "Seja simpático e receptivo para atrair a clientela" insistem em nos questionar. O fato é que ao entrarmos em um estabelecimento comercial queremos ser bem atendidos. O cliente ganha e a empresa ganha!

24.5.06

A mídia e a retenção de poder

O direito à privacidade que vai de encontro à liberdade de expressão. O veículo que divulga a nova informação antes dos concorrentes, não preocupando-se com sua veracidade. O fato que já não importa mais, e sim, a versão.
Esses são temas e contradições que envolvem todos os profissionais atuantes na mídia. A ética é deixada de lado em muitos casos e para piorar, parece ter menos importância diante de outras faltas.

Atualmente a mídia é retentora de grande poder e capaz de conduzir a opinião de uma população inteira. Portanto, o dever destes profissionais é ter a consciência de suas palavras e seguir corretamente o Código de Ética, tanto da categoria, quanto da empresa para a qual trabalham. Poder e reconhecimento pode ser bom, mas o compromisso com a vida humana deve ser superior a esses desejos.

Ester Kosovski, no livro Ética na Comunicação ressalta a importância da redação:

Sabemos o quanto é importante a apresentação e elaboração das matérias para
que a comunicação atinja o seu objetivo de transmitir, veicular e
informar.

Outra alternativa plausível para determinados abusos é a manifestação popular e dos atingidos pela mídia. Telefone e internet são armas onde se pode externar imediatamente a opinião sobre o tema veiculado.

"Como melhorar o diálogo entre a Imprensa e a Polícia?" é o tema de hoje do "Papo na Redação"


A parceria entre jornalista e polícia é extremamente importante ao se tratar de assuntos ligados à violência, insegurança e ocorrência de crimes. Erros de interpretação e falta de fidelidade podem atrapalhar investigações e causar transtornos às duas áreas.

Pensando nisso, o portal Comunique-se está realizando um chat hoje, dia 24/05 com o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, André Di Rissio. Di Rissio ministrou uma palestra sobre o mesmo tema no último dia 15 em São Paulo.

A proposta é válida para profissionais atuantes e também para acadêmicos ou policiais em fase de formação.

Clique aqui pra participar!

23.5.06

Esther Coelho, delegada de polícia, em entrevista ao Minuto Estácio

Esther Coelho, 45 anos, é a delegada da Central de Polícia de Florianópolis. Atua na área há 20 anos e no dia 22 de maio realizou uma entrevista à rádio do curso de jornalismo da Estácio.
Dentre os vários assuntos abordados, a delegada também respondeu às perguntas dos alunos, em que falou sobre as condutas éticas da polícia citadas na publicação anterior.

COMO VOCÊ AGE EM RELAÇÃO AOS ABUSOS PRATICADOS POR MUITOS POLICIAIS?
A gente procura estar sempre atenta aos exageros. Quando existe abuso a gente mostra que não é por aí, pois fazemos uma polícia bem feita.

QUANTO À CORRUPÇÃO, QUAL SUA AVALIAÇÃO DA EXISTÊNCIA EM FLORIANÓPOLIS?
Aqui há um índice muito baixo de corrupção. Ainda temos uma polícia honesta perante o Brasil inteiro. É mais fácil encontrar um policial que abuse da autoridade, que um corrupto.

Quando perguntada dos casos de violência contra o professor Nilson Lage e o fotógrafo "Sarará", Esther disse não ter participado das duas ações, mas não hesitou em dizer:
"Sou defensora da polícia, tanto civil, quanto a militar. Mas não defendo a violência, nem da população contra a polícia.
Tem uma parcela de policiais que estraga todo trabalho dos outros".

No dia 25/05 confira a entrevista com Carlos Eduardo Rosa, soldado da Polícia Ambiental, mostrando seu ponto de vista sobre ética policial.

22.5.06

A ética policial

Apesar de ser uma das atividades mais antigas do mundo, o dever da polícia continua sendo o mesmo até hoje: zelar pela segurança pública, prevenir e reprimir a criminalidade.
Infelizmente, o fato é que a imagem da polícia não é das melhores. A população a considera um órgão que privilegia os ricos e reprime os pobres, e em vez de considerá-la uma aliada (talvez a principal), a teme.

Preocupados com os problemas éticos da classe, como por exemplo, policiais que atiram antes de saber quem são as vítimas e que exigem propina e participação no produto do crime, as Nações Unidas e o Conselho da Europa produziram alguns documentos sobre a conduta de seus agentes.
José Renato Nalini, na 4ª edição do livro Ética Geral e Profissional explica que o Código de ética da polícia aborda os três aspectos seguintes:

Dignidade Policial
Para fazer cumprir a lei, o policial submete-se a quatro coordenadas: ser fiel cumpridor dos deveres legais, servidor de sua comunidade, protetor de todas as pessoas e profissional responsável.
Tais funções devem ser exercidas de modo humanitário e o policial deve atuar como pessoa, pois é um ser humano que trabalha para seus semelhantes.

Os poderes policiais
Por ser um dos organismos mais poderosos do Estado Moderno é normal que se não houverem parâmetros éticos, esse poder resvale para o abuso. Portanto, o Código de Ética das Nações Unidas impõe aos policiais assegurarem “a plena proteção da saúde das pessoas sob sua custódia”.
Outra diretriz observada é a informação às autoridades superiores, inclusive dos meios de comunicação. Quando essa comunicação for inútil ao policial, por qualquer motivo, este deve avisar os meios de massa, pois a mídia é considerada órgão de controle e fiscalização de atuação do poder público.

Os abusos policiais
Abrange especialmente a tortura e a corrupção, por serem práticas desumanas e cruéis, muito incidentes atualmente.

18.5.06

Ética profissional ganha espaço nos cinemas

A ética profissional (ou a falta de ética) tem sido alvo de muitos debates e assunto constante na mídia.
Baseando-se até mesmo em fatos reais, o cinema criou produções abordando a vida desses “profissionais” não muito éticos.
O Quarto Poder”, “A Montanha dos Sete Abutres” e “Assassinos por natureza” são alguns dos filmes que tratam de um jornalismo feito sem ética alguma, que resultam até mesmo em mortes ao final.
  1. Um jornalista que vive no anonimato e presencia a indignação de um pai de família que dispara tiros acidentalmente a ex-chefe em busca de seu emprego novamente;
  2. Um jornalista desprezado por vários jornais que busca um furo valendo-se de um homem que ficou preso nas montanhas;
  3. Um casal de assassinos que faz audiência mostrando cenas de violência são os temas destas obras.

Aos assisti-los, fica evidente como os jornalistas usam do “poder” perante os meios de comunicação para destrinchar fatos mentirosos sem ao menos se preocuparem com a vida de um ser humano. E este é o principal item do Código de Ética do Jornalista que deveria ser observado.

Nas três histórias citadas anteriormente várias vidas são colocadas em risco e forma-se grande especulação para que esses profissionais alcancem o tão almejado sucesso.
É a própria mídia falando da falta de ética nos veículos. Vale a pena conferir!!!

17.5.06

Profissional Voluntário

As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional. No entanto, nem todos que exercem determinada atividade são remunerados. Algumas pessoas trabalham por prazer ou para ajudar quem precisa. É então que entra a questão do profissional voluntário.

Um professor pode perfeitamente dar aulas voluntárias em uma escola pública aos fins de semana. Este é um exemplo bem comum. Nesta situação, sua condição de profissional não deixa de existir, pois apesar de estar prestando um trabalhando sem receber nada em troca, o professor continua exercendo a atividade para a qual estudou e ele sabe quais são suas obrigações como tal.

A polêmica se forma quando aquele que dá aulas em uma escola não é um professor. É alguém do bairro que está prestando um favor à comunidade e se disponibilizou para auxiliar na educação de algumas crianças, continuando o exemplo anterior.

Sendo assim, é fundamental observar que aquele que se propõe a ser voluntário deve assumir alguns compromissos, dentre os quais destacam-se: aceitar os estatutos da associação e as normas que regem o trabalho voluntário; respeitar os compromissos assumidos; ser atento, responsável e solidário; e quando for o caso, respeitar o caráter confidencial e reservado das informações que envolvem o trabalho.

Nesse contexto, o voluntário tem direito à informação sobre as finalidades e a organização da associação; recebimento de formação adequada para a atividade que irá exercer, bem como todo o apoio necessário; participação da elaboração e responsabilidades que respondem à sua preparação e competência.

Um trabalho de resultados será exercido por cidadãos idealistas e éticos que de fato sabem o que é cidadania e que sabem praticá-la. Não se deve ter em vista a auto-promoção ou o bem pessoal. Então, a ética do voluntário encontra-se no comprometimento.

Para concluir e ressaltar a importância de um trabalho voluntário sério, veja os números do voluntariado, disponibilizado pelo site Rancho dos Gnomos, destinado à Associação Santuário Ecológico, que prima pelo bem estar e conservação da fauna e conta com a ajuda de profissionais voluntários.
A atividade voluntária é 8ª no ranking das maiores economias do mundo;

  • O setor filantrópico apresentou um crescimento de 44,38% entre os anos de 1991 e 1995;
  • O número de voluntários no Brasil já chega a 20 milhões;
  • 81% da mão de obra ligada ao terceiro setor distribui-se em 4 áreas de atividades: educação, saúde, cultura e recreação e assistência social.

10.5.06

Os Códigos de Ética

Ao advogado cabe defender (ou acusar); ao médico, salvar; ao jornalista, informar; ao publicitário, divulgar; ao professor, ensinar.Cada profissional tem sua função e cada profissão tem um código de ética vigente. Respeitar suas diretrizes é dever de cada um, tanto para que as atividades ocorram normalmente, quanto para respeitar terceiros que possam estar envolvidos.

Segundo referência do livro Ética Profissional, de Antonio Lopes de Sá, tais códigos surgiram da necessidade de existir uma ordem que elimine conflitos e principalmente evite que se macule o bom nome e o conceito social de uma categoria.

Para que seja elaborado um código de ética o primeiro passo a ser dado é traçar sua base filosófica. Esta, por sua vez, é essencial para que se forme a estrutura. A partir deste momento, preocupa-se com os detalhes.Para que exista um código condizente com as necessidades de cada área é preciso pensar em detalhes como: a profissão a ser desempenhada, o nível de conhecimentos exigidos, o ambiente em que é executada etc.

Dessa forma, desenvolve-se debates que precisam contar com a intervenção de todos para que se chegue a um consenso de algo que seja realmente abrangente. Deveres e obrigações do indivíduo perante o exercício profissional devem ser levados à mesa.

É assim, diante de atitudes sensatas, que visam o bem estar de um todo que foram elaborados os códigos de ética de cada profissão.

26.4.06



Até que ponto o profissional está sendo ético?
Quais suas responsabilidades com o ser humano?

25.4.06

Onde a ética inicia

"A ética tem que se coadunar com a realidade de todos os que vivem num mesmo espaço social, cheio de pressões e exigências".
Segundo o Dr. Fernando "somente uma formação moral forte, concreta, pode manter o indivíduo em equilíbrio".

Dessa forma, diante do trabalho interdisciplinar 2006/1 e de uma turma de futuros jornalistas, optei por apresentar no blog assuntos envolvendo a ética num sentido geral, para que todos nós tenhamos consciência do quão importante é ser um profissional ético, que respeita acima de tudo, o ser humano.

Relatar fatos mentirosos, se valer da mídia para fazer marketing pessoal ou denegrir colegas não são atitudes de um profissional comprometido. Nossa luta deve ser pela busca do original, do diferenciado.


 
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